Recentemente assisti ao vídeo de um pregador norte-americano, e ele disse uma grande verdade, numa frase de bastante impacto que me deixou muito pensativo e também me motivou a redigir esta postagem, ele afirmou: "não podemos pregar o evangelho e ser hostis ao mesmo tempo".
Repassei na memória tudo aquilo que já ouvi e vivi dentro da igreja, e também tudo aquilo que observo no meio evangélico como um todo, e percebi que, infelizmente, muitas vezes o evangelho não foi pregado de maneira benevolente, com a pureza e a simplicidade que são inerentes a ele, mas foi "anunciado" sim de maneira bastante hostil.
O mais triste é que isto não acontece por falta de conhecimento sobre as escrituras, temos homens e mulheres levando esta mensagem que entrelaça amor e hostilidade que são profundos conhecedores da Escrituras Sagradas, alguns deles capazes de traduzir a Bíblia a partir dos idiomas originais, eles também conhecem a história das religiões e sabem o quão cruéis elas foram em alguns momentos da nossa existência, mas tudo isto não é o suficiente para que eles não cometam os mesmos erros, ou erros ainda piores.
Também não acredito que a hostilidade por parte de algumas igrejas, pregadores e ditos cristãos ocorra por falta de entendimento, pois, Jesus escolheu uma maneira bem didática para transmitir os seus ensinamentos: a parábola, ou seja, comparações que facilitam muito a compreensão do que é ensinado, até mesmo por pessoas com pouca ou nenhuma instrução.
Ele também deu exemplos, deixando claro que a salvação é para todos e não por merecimento, que nenhum homem não é digno de julgar ao seu semelhante, que Ele é o caminho que leva a Deus, e anunciou pessoalmente as boas novas e o reino entre aquelas pessoas que os religiosos daquele época desprezavam e julgavam não serem dignas de adentrar a congregação e nem habitar na Sião Celestial. Exatamente como fazem também alguns nos dias atuais agindo como porteiros do céu.
Temos por hábito apontar o cisco no olho do nosso irmão e ignorar a trave diante dos nossos próprios olhos, ou seja, minimizar os nossos próprios erros e maximizar os erros dos outros. Também é muito comum pedirmos pelo perdão dos nossos pecados, mas sermos incapazes de perdoar, e mais sermos capazes de atirar pedras e condenar aos nossos irmãos em situação desfavorável, ainda que não sejamos tão corretos como gostaríamos de ser.
E a hipocrisia impera porque muitas vezes dizemos que a Bíblia é a Palavra de Deus, mas somos mais obedientes a igreja e seus ensinamentos, ainda que estes ensinamentos contrariem que foi divinamente revelado e está explicito na Bíblia que jamais deveria ter uma só virgula alterada.
A hostilidade existe porque dizemos da boca pra fora que a Bíblia é nossa regra de fé, mas não adotamos ela de fato como a nossa regra de conduta.
A ignorância se perpetua e multiplica porque cada vez menos examinamos a escrituras que testificam o evangelho, e que foi escrita para nos instruir em amor, correção e justiça.
Nossos passos se desviam dos caminhos da verdade e do Senhor quando a Bíblia deixa de ser luz para nossos pés e a guia dos nossos caminhos.
Se Deus é amor, se Jesus é o príncipe da paz, se somos o templo do Espírito Santo, se anunciamos o Reino de Deus, se temos o compromisso de alcançar todas as criaturas, se de fato somos imitadores de Cristo, então, porque temos pregado o evangelho e sendo hostis ao mesmo tempo, diferente do que fez Jesus? Se a igreja não é uma galeria de santos, mas um hospital para pecadores, porque as portas delas não estão abertas para todos? Se Jesus esteve entre todo tipo de gente e mandou anunciar a todas as criatura, porque escolhemos quem pode ser evangelizado? Se somos sábios, porque muitas vezes agimos como loucos?
Enfim, pregue o evangelho, não seja hostil!
1 comentários:
Boas reflexões, Mário.
O melhor de tudo é não ter medo de indagar "porquês" são necessários na nossa caminhada com Cristo.
Que Deus te abençoe e que nunca deixe de existir "porquês" e um coração ávido pela resposta que pacifica e dá serenidade à alma!
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