Esta postagem reflete um pouco das minhas observações e experiências exercendo a minha fé e espiritualidade ao longo da minha existência.
Quando passamos a frequentar uma igreja, seja ela qual for, muitas das nossas pré-concepções sobre a fé e sobre a igreja, não me refiro especificamente a nenhuma delas, mas sim genericamente a qualquer instituição criada pelo homem para administrar a fé de acordo com suas próprias interpretações/convicções, afinidades, liturgias e formalidades, acabam sendo abaladas.
Muitas das nossas concepções ruem, algumas delas de modo irremediável, outras se transformam ou se complementam.
Quando experimentamos o vigor espiritual comum nas primeiras pisadas na jornada da prática da fé, desejamos que todos a quem amamos tenham a mesma experiência e também sejam agraciados, por isso, anunciamos sem cessar e fazemos de nós mesmos, o tempo todo, em todo lugar, testemunhas vivas desse Deus vivo que resgata, regenera, transforma e salva, algumas pessoas chegam a ser inconvenientes de tão intensas e insistentes que são.
Nos sentimos valentes para enfrentar toda e qualquer situação espiritual, pois, nos sentimos cheios do Espírito Santo e protegidos pela espada da justiça e o capacete da salvação. Defendemos a nossa crença com ousadia e valentia, pois, existe uma fé inabalável na Bíblia, que é a Palavra de Deus, acreditamos veementemente que estamos no caminho certo e outro caminho não há.
Também acreditamos que assim sempre será, pois, se estamos imitando a Cristo nosso Senhor e salvador, se estamos cercados de homens e mulheres de Deus com o mesmo desejo sincero de servir e louvar a Deus fazendo o bem, se a Bíblia é lampada para nossos pés e luz para nossos caminhos, se temos um desejo puro de servir a Deus, então, não haveria de ser diferente.
Mas para nossa surpresa, quando o tempo passa, a empolgação diminui e a fadiga chega, nos deparamos com a nossa própria realidade, e também a realidade da igreja.
Descobrimos que igreja não é uma galeria de santos, mas que ela é um hospital para pecadores exatamente como você é, como eu sou, também como é o irmão, ou a irmã que senta ao lado, a frente, e também atrás, ou então, aquele que está no púlpito.
Algumas vezes temos a sensação de que estamos parados diante de uma encruzilhada e que ambos os caminhos parecem ser coerentes, e ao estudar a história da igreja(s) veremos que a sua história está repleta de eventos como este, e o que era no passado hoje já não é mais, assim descobrimos que houve revelamentos e "desrevelamentos" a cerca do mesmo assunto, que as convicções e crenças dos crentes e das igrejas mudam ao longo do tempo, e que na verdade a fé e a igreja não são constantes... o homem muda, a igreja muda, somente Deus é que permanece.
Enfim, nada sabemos sobre os mistérios de Deus e da fé, o novo não é mais importante do que a tradição, vice-versa, por isso, é melhor que não julguemos, é bom que roguemos a Deus por sabedoria e entendimento a nós e aos outros.
Não existem crentes superiores a outros crentes, não há igrejas melhores do que outras igrejas, podemos aprender uns com os outros, a igreja é errante porque nós somos errantes, assim é, assim sempre será, pois, perfeito é só Jesus Cristo, o filho de Deus.
Tudo muda, tudo passa... e que nossas mudanças sejam sempre para melhor... que a nossa jornada na fé e que nossa permanência na igreja contribuam para nos tornar melhores e não piores, se presenciar e escutar algo que não seja bom, retenha apenas aquilo que é bom, seja diferente, que seu caminhar, teus exemplos, sejam o testemunho das boas novas que regenera, transforma e salva.
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